Francisco Edivaldo alega que União travou repasses ao município. (FOTO/Rafael Diniz) |
As dezessete obras em curso no município de Araripina, em convênio com o Governo Federal, tiveram apenas 50% da soma do orçamento geral repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE. Essa é a defesa usada pelo líder do governo na Câmara, Francisco Edivaldo(PSB), para responder ao líder da oposição, Luis Henrique(PSL) e ao vereador Adeval Régis(PMDB), da bancada independente na Casa. Os dois parlamentares, iniciaram na semana passada, vistorias em obras de 11 escolas, 4 quadras poliesportivas e 2 creches. Os equipamentos fazem parte de convênios entre a prefeitura de Araripina e a União. A maioria das construções ainda não foram concluídas e estão sendo investigadas pela Polícia Federal, Ministério Público Federal e Controladoria Geral da União sob suspeita de subtração de verbas.
"Reunindo o valor de todas elas, dá um montante de R$14.061,624,05. Esse é o valor que está nas placas. [...] O dinheiro que entrou nas contras das 17 obras , é o valor de R$ 6.913,000,00. [...] Vejam que não entrou nem cinquenta por cento do montante geral nas contas dessas escolas, creches e quadras", afirmou Francisco Edivaldo, na sessão desta sexta-feira, 15, que marcou o início do segundo período de atividades do parlamento municipal.
Segundo o líder do governo, as empresas interromperam as operações por falta de recursos provenientes de depósitos feitos pelo Governo Federal. No entanto, Edivaldo ressalvou seu pronunciamento e acusou algumas empreiteiras de abandonarem as obras. Citando a quadra poliesportiva do distrito de Lagoa do Barro, o governista afirmou que a prefeitura "destratou e fará nova licitação" para que outra companhia conclua o aparelho. "Nesta quadra, nós temos em conta duzentos e trinta e dois mil reais," revelou, durante pronunciamento na tribuna.
(FOTO/Rafael Diniz) |
Oposicionistas descordaram do líder governista. Para o vereador Evilásio Mateus(PSL), houve fraudes na condução das obras e o governo manuseou os recursos financeiros, aplicadas nas construções, de forma incorreta. O parlamentar apontou, também, propina e desvio de verba como fatores que geraram interrupção das obras.
"Quando é para prestar conta no papel, os gestores são muito eficazes, aparecem até os centavos. Mas, quando é para fazer o Relatório Fotográfico, 'correm' para outros estados para fotografar obras regulares e enviar as imagens ao Governo Federal, como se fossem obra do município, e induzir a União à liberar mais dinheiro," apontou Evilásio, em referência ao trecho do despacho da Polícia Federal na 1ª fase da Operação Paradise no qual diz que, "os engenheiros da prefeitura inseriam dados falsos (fotografias e atestes de medições nos sistemas do FNDE) - tudo para liberar os recursos federais".
Para Evilásio, após os possíveis crimes cometidos por membros da prefeitura de Araripina ter sido denunciados pela PF e CGU, o Governo Federal cortou aplicação de verbas, o que, a sua avaliação, dificulta a finalização das obras.
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