Já é o terceiro movimento em menos de 1 mês. (FOTO/Fabrício Alencar) |
A manhã da primeira segunda-feira do ano foi de manifestação em Araripina, no sertão pernambucano. Cerca de 200 trabalhadores temporários e efetivos dos setores de educação, saúde e administrativo reivindicam o pagamento de salários atrasados. Esta é a terceira mobilização que acontece em menos de um mês.
Os manifestantes usaram narizes de palhaço, seguraram cartazes, levaram apitos e bateram em panelas cobrando os salários atrasados. De acordo com o presidente SIMA, Tiago Silva, os servidores efetivos não recebem salários desde o mês de novembro e os funcionários temporários estão há cinco meses sem receber. A categoria reivindica também a criação de um calendário de pagamento.
(FOTO/Fabrício Alencar) |
“Quem recebe a aposentadoria pela prefeitura também aguarda o pagamento de novembro. Os professores receberam 40% do correspondente a novembro e os outros funcionários da educação não foram pagos. O prazo para pagar o mês de dezembro está quase acabando”, disse Silva. O presidente do Sindicato explicou que a categoria não pretende mais se reunir com a prefeitura. “A gente não aceita mais reunião, queremos o pagamento. Na próxima quinta-feira (7) vamos ao Ministério Publico pedir para agilizar a Ação Civil Pública que solicitamos para que a prefeitura seja penalizada pelo atraso”, acrescentou.
A primeira mobilização dos servidores aconteceu no dia 16 de dezembro. Na oportunidade os trabalhadores fizeram uma caminhada e se reuniram com representantes da prefeitura. A classe entrou em greve no dia seguinte. No dia 22 do mesmo mês foi realizada uma ocupação da prefeitura de Araripina.
Em nota, a prefeitura do município explicou que as dificuldades de pagamento foram provocadas pela crise financeira do país e que efetuou o pagamento do mês de novembro de todas as secretarias, mas que, por escassez de recursos, a Secretaria de Educação pagou metade dos vencimentos dos professores e o restante foi agendado para o próximo dia 11. Além disso, a nota afirma que a prefeitura pretende direcionar os recursos que chegarão aos cofres públicos, de forma prioritária, para normalizar a situação de todos os servidores, inclusive dos contratados.
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