A Deputada é umas das mais atuantes. (FOTO/ João Bita) |
Na Assembleia Legislativa (Alepe), onde 30% dos deputados estão no seu primeiro mandato na Casa, os recém-chegados se destacaram na presidência de comissões, liderando frentes parlamentares ou fiscalizando de perto o Executivo. Juntos, os novatos do Legislativo estadual apresentaram 124 projetos de Lei em 2015, sobre temas que vão desde a produção de queijo artesanal até o número mínimo de policiais militares para atuar em rondas e patrulhas.
Na ala governista, o deputado Miguel Coelho (PSB) presidiu as comissões de Agricultura e de Acompanhamento das Obras do PAC. Junto com o deputado Rodrigo Novaes (PSD), ele percorreu outros estados defendendo uma coordenação entre as Assembleias do Nordeste. Em 2016, o socialista quer mudar a Constituição do Estado para permitir aos deputados apresentar projetos que gerem despesa para o Executivo.
Escolhido para vice-líder do Governo, Lucas Ramos (PSB), filho do conselheiro do Tribunal de Contas Ranilson Ramos, atuou nas articulações para aprovação das pautas do governador Paulo Câmara (PSB) na Casa, como o ajuste fiscal do Estado. Ele também voltou o mandato para o apoio aos deficientes, aprovando uma lei que obriga o cardápio em braile e com fonte ampliada nos bares e restaurantes de Pernambuco.
Por sua conta, a oposição não ficou atrás nos reforços. Primeiro parlamentar do PSOL eleito em Pernambuco, Edilson Silva chegou a mover uma ação contra o Governo no Estado após o corte dos professores grevistas.
Vinda da Câmara do Recife, Priscila Krause (DEM) tem prezado pela posição de independente, fiscalizando de perto gastos do governo e cobrando explicações na tribuna do Legislativo.
Também independente, Joel da Harpa (PROS) não teve medo de criticar o Estado para defender policiais e agentes de segurança pública, seu eleitorado. Evangélico, porém, ele também chamou atenção pelas polêmicas, ao dizer que “bandido que troca bala com a polícia merece morrer” e trazer o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) para uma audiência pública. “Tenho as minhas convicções. São posicionamentos que desagradam a uns, mas que agradam uma maioria, principalmente daqueles que eu represento”, diz.
Casadas com políticos, Simone Santana (PSB) e Socorro Pimentel (PSL) buscaram mostrar serviço para romper com o estigma de continuidade familiar. Médica, Socorro fiscalizou de perto a situação da saúde do Estado e encerrou o ano como presidente de uma comissão que acompanhará as ações de enfrentamento ao aedes aegypti e à microcefalia.
Já Simone, que preside a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher levou para a Casa uma série de debates sobre violência doméstica e igualdade de gênero. Em 2016, ela espera tirar o papel o projeto Mulheres na Tribuna, em que a Alepe oferecerá cursos de formação política para mulheres de diversos partidos.
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