As autoridades inicialmente disseram que o voo MH370 desapareceu cerca de uma hora depois de decolar de Kuala Lumpur com destino a Pequim. Nesse momento, ele estava mais ou menos a meio caminho entre Kota Bharu (Malásia) e a ponta sul do Vietnã, a uma altitude de 35 mil pés (10.670 metros).
"Ele mudou de rota após Kota Bharu e assumiu uma altitude menor. Ele foi para o Estreito de Malaca", disse à Reuters a fonte militar, sob anonimato, após receber informações sobre as investigações. O Estreito de Malaca, uma das mais movimentadas rotas marítimas do mundo, separa a parte continental da Malásia (e também Cingapura) da ilha indonésia de Sumatra.
O jornal malaio Berita Harian publicou nesta terça-feira, 11, declarações do comandante da Força Aérea, brigadeiro Rodzali Daud, dizendo que o Boeing 777 da Malaysia Airlines foi detectado pela última vez pelo radar militar às 2h40 do sábado 8 (horário local), perto da ilha de Pulau Perak, no extremo norte do estreito, a uma altitude em torno de 29,5 mil pés (9 mil metros). Uma fonte não militar familiarizada com as investigações disse que a informação está sendo checada.
O horário citado por Rodzali equivale a uma hora e dez minutos depois de o avião sumir das telas do controle de tráfego, sobre o chamado ponto Igari, a meio caminho entre a Malásia e o Vietnã. Não se sabe o que aconteceu com o aparelho depois disso.
Se os relatos dos militares estiverem corretos, isso significa que o avião seria capaz de manter uma altitude de cruzeiro e voar por cerca de 500 quilômetros com o transponder e outros sistemas de localização aparentemente desligados.
Depois de inicialmente focar as buscas no mar do Sul da China, a Malásia ampliou a operação de busca do avião para o Estreito de Malaca.
Terrorismo. A CIA, principal órgão de inteligência do governo americano, não descarta a hipótese de terrorismo no desaparecimento do avião. O diretor da agência, John Brennan, disse nesta terça-feira, em Washington, que as autoridades malaias devem trabalhar com todas as teorias para investigar o sumiço do avião.
"Você não pode descartar nada", disse Brennan. "Nossos homólogos malaios estão fazendo o possível para descobrir o que ocorreu, mas claramente ainda é um mistério inquietante."/ REUTERS
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