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Do G1
O PSOL e a Rede protocolaram nesta quarta-feira (9) uma representação na Procuradoria Geral da República pedindo o afastamento do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara. Os dois partidos alegam que Cunha está usando o cargo para atrapalhar investigações sobre ele próprio em curso na Casa.
O documento, de mais de 20 páginas, contém denúncias de procedimentos adotados por Cunha que, segundo os deputados, são incompatíveis com a função de presidente da Câmara. A representação, assinada por oito parlamentares, foi recebida pela subprocuradora geral da república Ela Wiecko.
Também nesta quarta o Conselho de Ética da Câmara tentará votar, após cinco adiamentos, o relatório pelo prosseguimento do processo sobre Cunha. O presidente da Casa é acusado de quebra de decoro parlamentar por ter supostamente mentido à CPI da Petrobras em março, quando disse que não tinha contas no exterior.
O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) citou o fato de nesta terça-feira o presidente da Câmara ter permitido a eleição de uma chapa alternativa para a comissão que vai analisar o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Para Alencar, há a necessidade de pôr "limite" às "manobras" de Cunha.
"Eduardo Cunha usa um conjunto de procedimentos que deslustram o parlamento, degenera a representação política e só servem à auto defesa do deputado, que usa a presidência da Câmara para obstruir a Justiça", afirmou Alencar.
O deputado Alessandro Molon (Rede-RJ), também assinou o documento."Pedimos à PGR que diante dos últimos acontecimentos, inclusive, a abertura do processo de impeachment após quatro horas de saber que tinha perdido maioria [dos votos] no Conselho de Ética, que isso leve em consideração para que ele [Cunha] seja imediatamente afastado", afirmou Molon.
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