domingo, 1 de novembro de 2015

Marina diz que, atualmente, vigora um "presidencialismo de desmoralização"

(FOTO/ Divulgação)
Do Diário de Pernambuco

Fazer o ajuste fiscal não vai adiantar, na avaliação da ex-ministra Marina Silva (Rede),  se o governo Dilma Rousseff (PT)continuar adotando velhas fórmulas de gerir o estado.

Em entrevista exclusiva ao Diario, Marina argumenta que não é possível impor à população sacrifícios que custam empregos e continuar a repartir cargos públicos, reduzir a inflação de forma artificial e asfixiar a educação e a saúde. Marina também fez críticas ao papel da oposição, que “está bebendo a própria saliva”, e disse entender os motivos da rejeição da sociedade aos nomes pré-colocados para a disputa presidencial de 2018, inclusive o dela. 

Fundadora da Rede, ela analisa que a transformaram num bicho-papão nas eleições passadas,  dizendo que ela proibiria até os jogos de videogame para crianças. De coque nos cabelos, estilo que adotou para disfarçar os brancos e facilitar a correria do dia-dia, a ex-ministra lamenta que a sociedade esteja abrindo mão da liberdade em virtude do medo. Frisa, ainda, que Dilma perdeu oportunidades de entrar para a história e sugere que o PT trabalhe um processo de transição para que a gana de poder não ponha em risco os rumos de uma nação. 

A entrevista durou 51 minutos e aconteceu no Recife, na última quinta-feira (29), antes de Marina embarcar. Ela veio para a cidade na quarta para uma palestra organizada pelo grupo LIDE.

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