terça-feira, 1 de setembro de 2015

Após encontro com Dilma, Cunha fala em parceria, mas exime Congresso

(FOTO/ André Coelho)
Rompido politicamente com o governo e partícipe de conversas de bastidor em torno do impeachment da presidente da República, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) adotou um tom mais conciliador após conversa na tarde desta terça-feira (1) com Dilma Rousseff. Mas disse que o Congresso não pode se responsabilizar em achar uma solução para o deficit nas contas públicas.

Em um apelo ao ex-aliado, Dilma pediu que o presidente da Câmara trabalhe “em harmonia” com o Palácio do Planalto para evitar o agravamento da situação econômica do país e que ele não permita que os deputados votem propostas que aumentem ainda mais as despesas da União.

Logo após o encontro com a presidente da República, Cunha voltou a se colocar contra qualquer aumento de tributos e disse que a solução, em seu ponto de vista, passa pela retomada da confiança e a queda dos juros básicos da economia.

Segundo ele, o problema maior não é a previsão do próprio governo de que fechará no vermelho em 2016, mas sim a necessidade de não passar ao mercado a impressão de que haverá um descontrole sobre a dívida pública.

Ainda de acordo com Cunha, não houve na conversa discussão sobre política, impeachment ou sobre a acusação do Ministério Público de que ele faz parte do esquema de corrupção da Petrobras. Cunha rompeu com o governo sob a afirmação de que o Palácio do Planalto manobra para incriminá-lo.

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