terça-feira, 21 de julho de 2015

Governo autoriza compra de 40 mil toneladas de farinha e fécula de mandioca

(FOTO/Divulgação)
Do Noticia Agrícolas

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) autorizou a compra de 40 mil toneladas de farinha e fécula de mandioca nos Estados em que a cotação de mercado esteja abaixo do preço mínimo.

Poderão ser adquiridas 105 toneladas de farinha e 90 de fécula por produtor, que deverão estar dentro dos padrões exigidos. Essas medidas pretendem conter a queda dos preços em algumas regiões e ampliar o parque industrial, explica Ivo Pierin Junior, presidenta da câmara setorial da cadeira produtiva da mandioca e derivados.

“Algumas indústrias estavam com capacidade ociosa muito grande em função de estar trabalhando para o mercado. A aquisição do governo federal amplia a base de mercado, então teremos a volta de farinheiras e fecularias que estavam paralisadas e operando com a capacidade de armazenagem comprometida”, explica Pierin.

Segundo ele, inicialmente o governo irá adquirir 40 mil toneladas, sendo 20 mil de fécula e 20 mil de farinha, com o compromisso de posteriormente autorizar a compra de mais 40 mil toneladas dos produtos ainda neste ano.

O reflexo dessa medida nos preços deve acontecer no médio prazo, no entanto, um fator importante que já será sentido pelos produtores é a redução da pressão de venda, haja vista a ampliação de indústrias operando no mercado.

Em razão da seca no Nordeste, os produtores nos demais estados aumentaram a produção para abastecer o mercado e, agora, com a recuperação da região nordestina, houve um excesso de oferta, levando à redução dos preços.

Nas condições de mercado, o preço pago ao produtor varia de R$ 120,00 a R$ 150,00 a tonelada, enquanto o governo se compromete a pagar – através dessa medida – o preço mínimo de 170,00/t, “que sofrerá um reajuste de 9% a partir de janeiro de 2016″, afirma o presidente.



De acordo com o Deral – Departamento de Economia Rural, hoje o custo de produção chega a R$ 220,00 por tonelada de mandioca cultivada. Com isso, Pierin considera que deveremos ter uma redução significativa da área plantada na próxima safra.

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