(FOTO/Paulo Elias) |
Durante seis meses, pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) analisaram a infraestrutura de todas as escolas estaduais da educação básica do estado. Há dados preocupantes entre os encontrados: 57% das instituições analisadas estão abaixo do nível adequado, enquanto 19% - quase o dobro do nível nacional – estão ainda no nível elementar, a mais baixa classificação. O estudo atende demanda do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), e deve nortear pedidos de ação aos gestores no âmbito educacional.
O nível elementar é aquele em que a escola possui somente às condições primárias para funcionar: água, sanitários, cozinha e energia elétrica. “Isso é preocupante”, afirmou, durante coletiva, a professora Márcia Aguiar, coordenadora da pesquisa. “Temos uma situação precária no Brasil em relação à situação física das escolas, que foram classificadas em elementar, básica, adequada e avançada de acordo com sua infraestrutura. É importante observar que essa foi uma pesquisa censitária, onde todas as escolas do Estado entraram no processo.”
As escolas básicas são aquelas que, além das condições elementares, possuem também sala de diretoria e equipamentos como televisão e computador. Já as adequadas – nível não atingido por 74% das instituições de ensino estadual do Agreste Central – são as que permitem, por meio de sua estrutura, um ambiente propício para ensino, aprendizado e convívio social. Fernando Melo, presidente do Sintepe, informa que a pesquisa será repetida anualmente. “No final de 2016 queremos fazer a pesquisa de novo, pois assim poderemos comparar se houve melhora, piora, ou se ficou tudo na mesma.”
Ele também afirma que o Sindicato pretende cobrar do Governo do Estado, a partir desses dados, melhora no ambiente de convivência e aprendizado para os alunos e professores. “Existem coisas muito básicas que não são resolvidas, como escolas muito quentes ou com um número muito alto de alunos para uma sala só. Vamos entregar uma cópia do estudo completo ao Governo, para que chegue às mãos do Secretário de Educação.”
Apenas 4% das escolas públicas geridas pelo Estado de Pernambuco são consideradas avançadas. Ainda assim, esse número é 1% mais alto do que a média brasileira. As escolas avançadas são aquelas que contam com laboratório de ciência e dependências adequadas para estudantes com necessidades especiais.
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