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Do G1
Após oito anos de resultados positivos, o Produto Interno Bruto (PIB) de Pernambuco teve um resultado negativo no segundo trimestre de 2015. O índice teve um recuo de 3,5% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com a Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas Condepe/Fidem.
Para a agência, a queda é grande e mostra que os impactos da crise nacional já estão afetando a economia pernambucana.
“Constatamos que a crise chegou a Pernambuco com força. O PIB teve uma queda de 3,5% e esta é uma queda muito forte. Desde 2007, quando começamos o novo ciclo de desenvolvimento do estado, não tínhamos um número negativo”, declarou o presidente da Condepe/Fiden, Flávio Figueiredo, lembrando que os investimentos em Suape alavancaram a economia estadual há oito anos.
De acordo com um levantamento da Condepe/Fidem divulgado nesta sexta-feira (11) no Recife, o PIB pernambucano foi de R$ 36,8 bilhões entre abril e maio de 2015. No primeiro trimestre do ano, o resultado também não havia sido animador. Entre janeiro e março, o PIB acabou em R$ 38,3 bilhões, o que representou um acréscimo de apenas 0,6% em relação ao mesmo período de 2014. Com isso, Pernambuco acabou o primeiro semestre de 2015 com um PIB de R$ 75,1 milhões, valor que é 1,1% menor que o registrado no mesmo período do ano passado.
Após a divulgação dos números, Flávio Figueiredo comentou que o Governo do Estado vê com preocupação esse retorno aos resultados negativos. No entanto, não pode fazer muito para mudar este quadro. “A situação foge da nossa governança porque está atrelado ao encaminhamento da economia pelo Governo Federal. Dependemos de como o Governo Federal vai conduzir a recuperação econômica”, afirma.
Por isso, o presidente da Condepe/Fidem afirma que é impossível prever se haverá uma recuperação pernambucana até o fim de ano. “Hoje o que a gente vê é um cenário de incerteza na política econômica do Governo Federal. Essa incerteza está fazendo a economia parar e nós estamos a reboque da economia nacional”, declarou.
Mesmo assim, Figueiredo garante que a política econômica estadual não será alterada. Segundo ele, o Governo do Estado vem tentando manter seu programa de investimentos e concordou apenas em “reduzir gastos ruins” para se preservar da crise. Em agosto, o governador Paulo Câmara anunciou o corte de R$ 1 bilhão em despesas até o fim do ano, a fim de manter o equilíbrio das contas públicas.
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