segunda-feira, 2 de março de 2015

“O PT está unido”, diz Teresa Leitão

(Foto: Peu Ricardo/FolhaPE)
Por Tauan Saturnino
Da Folha de Pernambuco
A decisão do Diretório Estadual do PT de Pernambuco pela expulsão, no último sábado, de quatro prefeitos do partido, por infidelidade partidária, além da advertência pública ao gestor da cidade de Jaqueira, Zona da Mata, Marivaldo Santos (PT), não contribuirá para causar cisões no PT estadual. Essa é a avaliação da presidente estadual da sigla, Teresa Leitão (PT), e do vice-presidente, Bruno Ribeiro (PT). Ambos acreditam que a decisão foi correta e que todos os prefeitos expulsos tiveram amplo direito à defesa.
Os prefeitos expulsos do PT foram os das cidades sertanejas de Orocó e Jatobá, Reginaldo Crateú e Robson Leandro, e dos municípios agrestinos de Ibirajuba e Machados, Sandro Arantes e Agemiro Pimental, respectivamente.
De acordo com Teresa Leitão, o partido está passando por um momento de realinhamento em Pernambuco desde o Processo de Eleição Direta (PED), em 2013, que resultou no revezamento dela e de Bruno Ribeiro na presidência da sigla. Ela acredita que a expulsão dos prefeitos não inviabilizará o diálogo interno do partido. “O PT está em processo de aglutinação desde o PED e desde aquela época fizemos um acordo de convivência interna. Ele é difícil, mas está em curso. Esse episódio não vai piorar nada e foi bem aceito pelo partido”, afirmou. De acordo com a petista, não há mais processos de infidelidade partidária relativos a prefeitos do PT em Pernambuco.
Já Bruno Ribeiro explicou o procedimento que resultou na expulsão dos prefeitos e disse que os casos do sábado foram priorizados por conta do fato de terem sido divulgados na imprensa. “Desde novembro do ano passado estamos desenvolvendo o processo de julgamento de infidelidade partidária. Nesta primeira leva estavam os casos que haviam sido divulgados pela imprensa. Em 9 de fevereiro a comissão executiva aprovou, por unanimidade, um parecer recomendando a expulsão e a advertência dos prefeitos e no sábado o diretório concordou com o parecer. Essa posição de distanciamento e posterior expulsão foram feitos pelos próprios que não dialogaram sobre seus posicionamentos nas eleições com o resto do partido. Entretanto nós estamos unidos. Desde o PED tem ocorrido diálogo entre as correntes e houve diálogo para se chegar a estas expulsões agora”, comentou.
Em todos estes casos, os prefeitos apoiaram pelo menos um candidato nas eleições de 2014 que não tinha ligações eleitorais com o PT. Na ocasião, o PT apoiou a candidatura do atual ministro do Desenvolvimento Econômico, Armando Monteiro (PTB) para governador de Pernambuco, do ex-deputado federal João Paulo (PT) para o Senado, além da reeleição da presidente Dilma Rousseff.

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